domingo, 12 de fevereiro de 2012

Platão de Atenas

Platão nasceu em Atenas, em 427 a.C, discípulo de Sócrates, filho de Aristo e de Perictona, membros de uma famosa linhagem ateniense, descendente de Sólon, por parte de mãe e do rei Codro (fundador de Atenas) por parte de pai. Contemporâneo da fase áurea da democracia ateniense e o final do período helênico. Platão conhecera na juventude Crátilo, que asseverava, seguindo as idéias de Heráclito de Éfeso, a impossibilidade de qualquer conhecimento estável, conheceu os ensinamentos dos Pitagóricos em sua primeira viagem a Siracusa, estabelecendo com a teoria matemática de Pitágoras grande influência no seu modo de pensar.  Porém o acontecimento mais importante se deu na da juventude de Platão, o encontro com Sócrates, de quem se tornou discípulo. Frase atribuída a Platão:
"Agradeço a Deus por ter nascido grego e não bárbaro, homem livre e não escravo, homem e não mulher; mas, acima de tudo, por ter nascido na era de Sócrates".

Vídeo Platão e a Republica

Aos 28 anos de idade Platão vivenciou o momento em que os atenienses decidiram-se pela morte de Sócrates, ocorrido que influenciou todo o pensamento futuro de Platão e o abarrotou de aversão pela democracia ateniense, que necessitava ser extinta.
O ocorrido com seu mestre deu a Platão a inspiração de escrever os seus primeiros diálogos, chamados de "diálogos socráticos", pois tem em Sócrates seu personagem principal. Estes diálogos são considerados diálogos ainda de uma fase jovem de Platão, embora surgissem daí algumas de suas obras primeiras, como "Apologia de Sócrates", "Críton", "Protágoras" e "Górgias", as duas últimas obras referidas diz respeito a dois sofistas criticados por Sócrates. Acredita-se, também, que nessa época Platão tenha principiado seu principal tratado, "A República".
Platão da origem a sua escola filosófica a Academia e durante cerca de vinte anos dedica-se ao magistério e a escrever novas obras, denominadas  pelos historiadores como os "diálogos de transição", posto que carregada de  forte influência pitagórica demonstra um progressivo desligamento das posições socráticas e a criação de uma filosofia particular, singular, marcada pela doutrina da existência de dois mundos: o mundo sensível e o mundo inteligível ou das ideias, escreve também  "Ménon", "Fédon", "Banquete", "Fedro", "Eutidemo", "Menexeno" e conclui "A República". Dá início a então chamada fase madura, onde compõe os diálogos que abordam sua "doutrina das idéias", e afastam-se da doutrina socrática, embora a essência da filosofia socrática se conserve, ou seja, a importância primeira a alma, a busca incessante da verdade e os conceitos universais de verdade. São escritos nesta época, além do livro citado acima, " Teeteto", "Sofista" e "Político".
1 O Mundo das Idéias e o Mundo Sensível
Platão na teoria das ideias concilia as teorias de dois grandes filósofos pré-socráticos, Heráclito de Éfeso e Parmênides de Eléia. Teorias antagônicas entre si De Heráclito, Platão considerou correto as percepções do mundo material e sensível, das imagens e opiniões. Para ele, a matéria era algo imperfeito, em constante estado de mudança. Concluiu, porém, que Parmênides também estava correto ao determinar que a Filosofia se afastasse desse mundo sensível, para ocupar-se do mundo verdadeiro, entendido apenas por intermédio do pensamento.
Platão acreditava haver dois mundos diferentes e distintos; o mundo sensível, das cópias, dos fenômenos, das sombras, das ilusões, dos enganos os quais são comuns aos cinco sentidos; e o mundo das idéias ou inteligível, das essências imutáveis, das ideias verdadeiras as quais são atingidas pela contemplação e pela depuração dos enganos cometidos pelos sentidos. Platão, dessa forma supera a oposição de Heráclito à mutabilidade do ser e a posição de Parmênides, para qual o ser é imóvel, relacionando o mundo das idéias ao ser Parmênides o e o mundo dos fenômenos ao devir a Heráclito.
Platão cria no livro VII da República o Mito da Caverna, segundo o qual se concebe uma caverna onde estão os homens acorrentados e presos desde o nascimento, de forma que não podem se voltar para a entrada, mas apenas observam as sombras que se passa em uma parede ao fundo.  Para Platão se um dos homens conseguisse se libertar e contemplar a luz do dia e os verdadeiros objetos, ao retornar à caverna e contar  a realidade das imagens projetadas aos companheiros seria dado como louco e o matariam, aludindo ao que fizeram com Sócrates.
2 O mito da Caverna e a teoria das ideias

Platão, foi discípulo de Sócrates, a quem considerou como o  grande mestre inspirou na idéia  do Bem,considerando as idéias de Sócrates, de Parmênides e de Pitágoras, além da teoria órfica , a qual acredita que o corpo é o cárcere da alma, criou uma teoria, a Teoria das Idéias, que investiga da explicações às perguntas mais complexas da filosofia.
No mito da caverna Platão coloca seus ideais políticos, por meio da Teoria das Ideias. Narrado por Platão no livro VII do Republica é, talvez, uma das mais intensas demonstrações simbólicas arquitetadas pela filosofia, para apresentar a situação geral em que se encontra a humanidade. Para Platão, como narra no mito todos estamos condenados a ver sombras, cópias, simulacros a nossa frente e percebê-los como verdadeiros. Esta análise à condição humana moveu e ainda move várias reflexões, tanto em tória do conhecimento como em política.
Platão quer demonstrar para todos nós que carecemos aprender a utilizar nosso pensamento, nossa razão, Os homens que não almejavam sair da caverna, somos nós que não conjecturamos pensar,por estarmos moldados a esta vida insignificante que levamos, habituados a ver somente o que esta a nossa frente, ou seja o que querem que a gente veja, Logo somos atraídos a sair da caverna para ver a realidade e abandonarmos a submissão. Só que conhecer é doloroso, precisamos nos esforçar ou ficaremos para sempre vendo somente as sombras do real, como ele explica em sua teoria das ideias.
Segundo a teoria das ideias em A República o mundo é dividido em duas instâncias: a sensível, constituída por tudo que pode ser observado e tocado e nos é dado pelos nossos cinco sentidos; e o mundo inteligível, ou das ideias, que nos e´fornecido pela razão e pensamento. O mundo das sensações segundo o mesmo é copia do mundo perfeito, ou seja, copia do mundo das ideias, por isso, traz consigo a imperfeição. Somente por um processo dialético é que purificamos as ideias e conseguimos nos aproximar do que seria a perfeição. O corpo por sua vez é receptáculo da alma, tendo um grau de importância menor do que a mesma, estando sempre propício a destruir e corromper a alma, pois e´guiado pelas sensações e não pela razão, pensamento como a alma. Platão classifica as ideias hierarquicamente, por importância e a idéia superior segundo sua teoria é a idéia do Bem. Privilegia outras ideias como a do amor, da justiça, da perfeição etc.
Em conformidade com Platão em A República podemos dizer, por exemplo, que a idéia de bondade existe no seu estado puro e perfeito no Mundo das Idéias e as observações, no Mundo dos Sentidos referente a idéia de bondade é cópia imperfeita,a qual pode ser purificada por meio da dialética. A dialética é um processo de conversação racional, um diálogo entre pessoas, onde a idéia é discutida e purificada. .
 Platão em A República assegura não haver concordância entre corpo e espírito (teoria órfica) e que o espírito, quanto mais liberto dos sentidos do corpo, mais abertamente será mais apto de contemplar as idéias puras e verdadeiras.

Considerações atuais:

Na atualidade podemos observar que a maioria das pessoas e das religiões foi influenciada por Platão, pois quase todas as religiões acreditam existir o bem e o mal, o céu e o inferno, e pregam que o mundo material é imperfeito e corruptível, que temos que nos ater as coisas do espírito, logo manifestam a crença na existência de dois mundos, um perfeito e outro com imperfeições e também atribuem essas imperfeições ao corpóreo.
Na atualidade precisamos tomar cuidado para não valorizarmos tanto o corpo e desprezarmos a nossa razão e o nosso pensamento, pois mesmo a maioria acreditando, na existência de dois mundos como foi citado, prevalece uma ideologia capitalista de consumo e culto ao corpo, fazendo com que a inteligência e o pensamento sejam deixados em segundo plano.

3 Os ideais Políticos de Platão e considerações atuais.
Em conformidade com Platão, na sua obra sobre a política, chamada "A Republica", onde faz um modelo sobre o estado ideal, os regimes políticos de qualquer era nada mais são que demonstrações do ethos humano, ou seja, manifestações do momento histórico atrelado ao ambiente físico e psicológico em que vive o cidadão. Logo, o prazer, pela hierarquia e tradição,é o que sustenta a monarquia, por outro lado o desejo de pertencer a um grupo especial e a disposição de só a ele defender determina a oligarquia, e o egoísmo e a vontade de que algumas pessoas têm de enriquecer e é a alicerce do regime timocrático, e o sentimento de ser igual existente entre os humanos,  gera a democracia, e por fim o sentimento de autoridade e egoísmo gera a tirania.pelo motivo de todo regime político ser inspirado em sentimentos e não na razão, a qual deveria ser o guia dos homens segundo o mesmo, é que deveria ser imposto pela inteligência um modelo político, o qual não seria gerador de turbulências devido a vaidade humana, ao egoísmo,ou seja, as imperfeições como descrevia Platão.
O modelo político proposto por Platão era o governo dos melhores, decidido por um processo de educação, ou melhor, por formação e verificação de habilidades, ou seja, capacidade que segundo Platão seria dadas pelas qualidades racionais e irracionais da alma humana, as quais dentro de um processo de educação seriam desenvolvidas e percebidas , aperfeiçoadas e conduzidas ao destino correto.Platão classificava a alma em três partes: racional, sede da razão; irracional irascível,responsável pelos impulsos de coragem e irracional concupiscente,voltada para o apetite, os desejos corpóreos. Segundo Platão, todo homem nasce com uma alma (psique) divida em três partes, porém o grau de desenvolvimento em cada uma dessas partes é diferente. Para governar uma cidade é necessário que a parte mais desenvolvida de sua alma seja a razão, para ser um soldado ou guardião a parte mais desenvolvida deve ser a irrascível e para suprir as necessidades gerais, ou cumprir os deveres dos serviços braçais a parte mais desenvolvida deve ser a concupiscente, logo a alma humana quando passa por um processo de educação trás a luz o verdadeiro espírito de cada homem e a partir daí é possível segundo Platão definir as classes sociais que devem existir em um estado para que o mesmo funcione bem e guiado pela razão e não por sentimentos ilusórios. Somente o governo sábio, racional será justo, diferente dos guiados pelas sensações que na maioria das vezes só trazia injustiça e malefícios para o povo, ou para a maioria, a qual deveria ser prioridade dentro de um governo.
Platão não concordava com o regime político existente em Atenas em sua época, a Democracia. Democracia esta composta por apenas 10% da população que constava de homens livres e praticamente proprietários de terra, pois os demais acabavam se tornando escravos de seus credores. Mulheres, estrangeiros, crianças e escravos não eram considerados cidadãos, logo não podiam participar das assembléias públicas, quem acabava sempre decidindo o rumo da cidade eram os mesmos poderosos, donos de propriedade e filhos de donos de propriedades. Embora fosse classificado em regime democrático, a democracia de Atenas segundo Platão estava longe de ser o governo do povo, ao contrário colocava sempre no poder os mesmos cidadãos unidos em objetivos de benefícios voltados a si próprios e não no bem da população geral. A crítica de Platão era forte a essa democracia de Atenas, pois o mesmo defendia um modelo político baseado primeiramente na educação, o que seria mais justo segundo o mesmo, porém mesmo assim esse modelo estaria pautado em uma sociedade de classes onde cada membro depois deste processo de educação deveria desenvolver sua função dentro da cidade da melhor forma possível, sem reclamar a mudança de classe social. Da mesma forma  na idade média, existia a idéia divulgada pela igreja de que as pessoas deviam se conformar com sua condição social, pois assim eram os desígnios de Deus.
Considerações atuais:
 Embora o modelo de Democracia vivido por Platão fosse bem diferente do vivido atualmente, por ser uma democracia participativa, onde cada cidadão tinha o direito de se manifestar nas assembléias públicas, e a nosso ser um modelo representativo, onde nós escolhemos por meio do voto os nossos governantes, podemos perceber principalmente no que diz respeito as reclamações apontadas por Platão que em alguns pontos se assemelham muito. Hoje todos nós também reclamamos  que os políticos só governam em beneficio próprio, que sempre os mesmos estão no poder, que os filhos dos políticos seguem os passos dos pais e acabam também se tornando políticos e da mesma forma governam em beneficio próprio. As pessoas mais pobres raramente têm uma oportunidade, a não ser quando ocorre um voto de protesto. Da mesma forma que os políticos da época de Platão se utilizavam da arte sofista do convencimento, os nossos governantes também são muitos bons na arte de enganar, ludibriar e convencer o povo a votar em seus candidatos co promessas mirabolantes e infundadas, por saberem que o povo se constitui na maior parte na ignorância, se aproveitam desse fato, para deixá-los cada vez mais ignorantes, meswmo quando fingem que querem melhorar a educação na verdade estão querendo mascarar o seu desejo de que o povo continue sem conhecimentos.
Em conformidade com Platão o governante da sociedade perfeita, com base na Razão, postulado por Platão no "A República" era o rei-filósofo porque, segundo o mesmo, apenas os filósofos, por serem os mais sábios se aproximam mais da idéia do Bem, do Belo e do Justo, ou seja,por isso, apresenta qualidades de agirem como os guias da sociedade,pois segundo o autor de A República, o reino da razão deve sempre estar acima do reino das sensações, ou seja, dos meros sentimentos corruptíveis dos humanos.






















Um comentário:

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